O TABULEIRO DA ILUSÃO
no chão crã da ilha nua
sobre a fornalha ardente
improviso o tabuleiro d'oril
de entre as mãos calejadas
na incerteza deixo c
a
i
r
grãos da minha vida
nos vagos orifícios
do jogo d'um contra mil
em rodeio, corvos negros
pousam
um
a
um
sobre o velho espantalho
jogam à batota contra mim
e fazem festim em capote
o céu prenhe de rios e mares
entre uma g
o
t
a e outra de chuva
finge chorar a minha derrota
na ilusão remonto o tabuleiro
para a derradeira jogada
vem a seca e as pragas
...chitada!
Socram d'Arievilo in "O Tabuleiro da Ilusão"